Quando vi esse projeto da Bianca Lontro e da Natália Mamede no LinkedIn, me identifiquei na hora. Trabalhei em agência durante boa parte da minha carreira, e essas expressões machistas eram tão parte do dia a dia quanto abrir o Photoshop ou Illustrator.
Talvez a expressão que mais ouvi era a pergunta se eu estava “punhetando o layout”. Normalmente ela era falada quando estava naquele momento do trabalho que fazemos ajustes finos, conferimos alinhamentos, composição das cores, testamos algumas mudanças simples. Detalhes do nosso trabalho, que para quem não é designer e não entende (ou entende e não se importa) parecem besteira, preciosismo, perda de tempo, mas que fazem total diferença na hora que o trabalho está finalizado. São os detalhes que separam o trabalho entre “foi o mais rápido que deu pra fazer” de “alguém vai ver isso no Behance e usar de referência, inspiração”.
Quem nunca punhetou um layout? Falou que aquele ali é pica? Ou chegou à conclusão que faltava alguém colocar o pau na mesa? Essas são só algumas das expressões que a gente solta durante um brainstorm, um call ou no hh. Expressões que rodam o nosso mercado (e muitos outros) e que a gente fala sem nem perceber.
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